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“Esse é nosso rock-and-roll diferente de você”. Um dos versos da nova música da Restart, nos acordes de “Nosso Rock”, parecem mostrar que o grupo sabe que tem um som bem específico e que não irá agradar a todos.

Com Geração Z, seu novo disco divulgado na sexta (21), está a certeza de que a banda difícelmente poderá evoluir em sua carreira, questionável desde sua vitória no VMB 2010 – quando saiu da festa com cinco troféus conquistados graças à votação de seus incansáveis fãs.

Anunciado como um “amadurecimento” e algo “bem diferente”, o material formado por 10 músicas confirmam a falta de personalidade da banda, que oscila entre os mais variados estilos.

Em “A Vida é Uma Só”, os vocais de Pe Lanza lembram muito o ritmo de Armandinho e seu reggae personificado pronto para as rádios. Além disso, as batidas de Simple Plan podem ser facilmente reconhecidas em canções como “Não Sou Quem Sou” e “O Que Eu Quis”.

Por esses e outros escorregões, Geração Z só reafirma o quanto a Restart precisa se esforçar se quiser uma notoriedade positiva de grande parte do público e da crítica. Mas, pelo visto, este não é o interesse: fazer canções grudentas e com pouca profundidade são pratos cheios para a sempre presente “Família Restart”. É como diria o velho ditado: “Não se mexe em time que está ganhando”, mesmo que ele seja para poucos.

Geração Z é o nome dado ao grupo de pes­soas que nas­ceu na segunda metade do anos 90, ou seja, a maior par­cela do público da banda. A mudança dos arran­jos nesse segundo álbum de iné­di­tas é notá­vel, dando-se pre­fe­rên­cia à ins­tru­men­ta­ção acús­tica. 

Grande parte das fai­xas só se jus­ti­fi­cam por algum humor ado­les­cente, que legi­tima e se iden­ti­fica com todas as refe­rên­cias usa­das pela banda. E ainda que esses meni­nos tenham demons­trado per­so­na­li­dade, algu­mas can­ções retor­nam ao período tene­broso do pop infanto-juvenil, quando nomes como Br’Oz faziam sucesso.

Eles vol­tam a ficar inte­res­san­tes quando se arris­cam em letras bre­gas e sim­ples, com refrão gru­dento, caso de “Minha Estrela”, onde dizem “O amor, me pegou, guardo no meu peito o que, só me faz que­rer sor­rir, com você”. Também acer­tam quando man­dam música autobiográficas/recado para os haters à la Britney Spears, como pode ser per­ce­bido no refrão de “Nosso Rock”: ‘Nosso jeito de amar, é o jeito de pen­sar, é o jeito de viver, esse é o nosso rock’n’roll dife­rente de você’. 

A bate­ria e as gui­tar­ras apa­re­cem aqui com mais força, indi­cando algum senso de evo­lu­ção de disco.

Para quem se interessou nesse novo projeto da banda Restart pode ouvir o CD no site oficial.

(  http://www.restart-geracaoz.com.br  )